Navio de pirata flutuando no céu

 

Mudanças na comunicação escolar, com a presença de multimídias tradicionais e as de tecnologias mais novas, na contemporaneidade, provocam em nós – professores e pesquisadores – uma retomada das questões e da história de nossas concepções, de nossas práticas ante as relações comunicacionais que planejamos, realizamos e analisamos na sala de aula. E isso com vistas à comunicação mais democrática de saberes socialmente significativos produzidos e em produção pela humanidade – principal meta da contribuição da educação escolar para que os cidadãos se tornem capazes de melhorar suas vidas nas cidades. (FAZENDA, 1992, p. 104) 

Qual é a fórmula de Peter Pan? O que temos que fazer para não crescer jamais? De que modo podemos continuar crianças para brincar e jogar de forma ininterrupta? Todas as pessoas que conhecem e admiram a história desse notável personagem da literatura infanto-juvenil e mundial teriam que usar a fórmula adotada pelo próprio Peter Pan para estender por períodos mais longos a sua infância. Infelizmente o elixir da juventude ainda não foi inventado e o máximo que temos conseguido fazer é esticar nossas peles para que possamos manter a sensação de juventude e frescor. Aliás, o sonho de Peter Pan tem perseguido a humanidade desde o princípio da consciência dos homens. Queremos todos vencer a morte, a infelicidade, a dor, o abandono, o desmazelo e todas as desgraças que teimam em continuar nos perseguindo ao longo de nossas vidas.

Queremos o belo, a eternidade, a saúde plena, a integridade e a companhia frequente de nossos melhores amigos. Como conseguir isso? Pensamos que tudo não passa de contos de fadas. Imaginamos que a Sininho só existe nas páginas dos livros ou nas versões filmadas dessa maravilhosa história. Não acreditamos nem mesmo que fadas existem e, o pior de tudo, é que dizemos isso abertamente a ponto de influenciar a imaginação de nossas crianças.

Eles já nascem descrentes quanto à possibilidade de existência desses fantásticos seres do reino da fantasia. Dessa forma matamos todas as fadas que nascem praticamente ao mesmo tempo em que as crianças vêm ao mundo. Desse modo estamos levando a fantasia à extinção. Esse comportamento inverte a fórmula de Peter  Pan criada por James Matthew Barrie, escritor daquela obra celebrada por crianças e adultos de todas as nacionalidades. Porque, ao criar a Terra do Nunca, habitada por piratas, meninos perdidos, índios, sereias, fadas e crocodilos com despertadores na barriga, Barrie estava nos ensinando que o caminho para a eterna infância reside em nossos sonhos, está localizado em nossas cabeças e atende pelo nome de imaginação. Quando conseguimos brincar com as ideias, criar mundos, dar vida a personagens e traduzir tudo isso em histórias deliciosas como Peter Pan ou como as obras de gênios da literatura do porte de Monteiro Lobato, Charles Dickens, Júlio Verne ou Mark Twain (entre outros), adentramos realmente o mundo da fantasia e prolongamos nossa meninice. 

 

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