Gestão e Jeitinho: um papo sobre educação

– Olá, Sr. Gestão, como vai?

– Tudo bem, Seu Jeitinho. E com o senhor?

– É, levando, do meu jeito…

– E as novidades? Como estão as coisas na escola?

– É, daquele jeito, Sr. Gestão. Na minha escola, os professores andam muito desmotivados e os alunos cada vez mais desinteressados. E você, como vai na sua escola?

– A nossa escola, incluindo professores, alunos e comunidade, está a todo vapor. Estamos aplicando práticas inovadoras com a participação de todos para que o nosso projeto político pedagógico seja cada vez mais fortalecido.

– É, na minha escola estou aplicando aquele jeito tradicional, sabe, Sr. Gestão. O professor explica e o aluno presta atenção. Eu estabeleço as propostas educativas na minha escola e repasso para os professores. E na sua, é você também quem dá as ordens, Sr. Gestão?

– De jeito nenhum, Seu Jeitinho. Nossas ações educativas não são centralizadoras e não trabalhamos verticalmente, pois elas são discutidas e desenvolvidas por todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem para que as ações sejam adequadas ao contexto social da nossa comunidade e estejam alinhadas às competências e habilidades que os nossos alunos precisam adquirir. Aliás, temos sempre como foco do processo educacional a formação do aluno.

– Humm, entendi, Sr. Gestão. Quer dizer que os temas utilizados na sala de aula são escolhidos por todos, incluindo os pais dos alunos?

– Isso mesmo, Seu Jeitinho. Debatemos com professores e comunidade como serão abordados os conteúdos curriculares e como os temas transversais serão integrados aos eixos temáticos dentro de uma proposta inter e transdisciplinar.

– Como assim? Temas transversais? O que é isso?

– Os temas transversais, conforme proposto pelos parâmetros curriculares, tem como objetivo integrar às diversas disciplinas temas fundamentais para o desenvolvimento integral do aluno, como ética, meio ambiente e sexualidade, por exemplo. Dessa forma, Seu Jeitinho, abordamos essas temáticas entre as diversas disciplinas curriculares.

– Falando sobre a inserção de novos recursos na sala de aula, tem professores que até propõem a inclusão de novas tecnologias, como computadores e celulares, por exemplo. Mas será que isso é importante para o aprendizado dos alunos?

– Penso, Sr. Jeitinho, que a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), como essas que você citou, deve estar alinhada com os objetivos do aprendizado. Quando utilizamos as TICs em nossas atividades educacionais, pensamos sempre em potencializar o processo de ensino tendo como mediador a figura do professor, que deve estar devidamente capacitado e envolvido com essa linguagem e cultura digital.

– Nossa, Sr. Gestão, como dar conta de tudo isso?

– O trabalho sempre foi realizado em conjunto. Transformamos a escola um ambiente aberto e agradável para a comunidade. Abrimos a escola até aos fins de semana. Temos a responsabilidade de incentivar nossos docentes a experimentarem novas possibilidades e refletirem constantemente sobre sua prática pedagógica. Como disse anteriormente, um projeto educacional realizado inserindo o aluno como o principal elemento do processo tende a dar certo. Concorda, Seu Jeitinho?

– É, Sr. Gestão, na minha escola, só Jesus pra dar jeito, viu!

– Ah, Seu Jeitinho. É com muita alegria que estamos entre as melhores escolas segundo os índices de avaliação. Trabalho duro, muita dedicação e comprometimento com os resultados por parte de todos os envolvidos. E o melhor de tudo, Seu Jeitinho: sem nenhum jeitinho.

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