Luta-da-Pessoa-com-Deficiência-Luta-Força-Justiça-Ação-Educação-Coragem-e-Coração

Para conscientizar a sociedade sobre a importância de legitimação, reconhecimento e valorização da diversidade, é preciso entender que incluir o outro que é diferente de mim – todos somos – é olhar-se no espelho e ter a coragem de perder o medo de nossas certezas.

O Brasil é um país com o maior quantitativo de leis em defesa dos direitos das pessoas com deficiência, apesar disso, sabemos que estas são pouco efetivadas e quando são, nem sempre são respeitadas.

Como exemplo, temos a oferta de vagas para pessoas com deficiência em todos os níveis e modalidades de Ensino. O direito existe, a lei existe, todavia, pouco exequível.

Pais de crianças com deficiência, dia após dia, batem nas portas das escolas, secretarias de ensino, justiça etc., buscando recursos e atendimento profissional especializado para as crianças. É sempre uma peregrinação. Nisto, muitas crianças e jovens, evadem da escola.

Temos o maior contingente de decretos, normativas, estatutos, regimentos, cartilhas, cursos etc., mas pouca atitude!

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O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

No dia 21 de setembro, comemoramos o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Sabemos que esta data foi criada para aceitarmos nossas vulnerabilidades, descobrindo nossas potencialidades. 

No dia de luta da pessoa com deficiência, em que mais de 46 milhões de pessoas possuem uma ou mais deficiências (seja ela visual, auditiva, física e/ ou intelectual) creio que as palavras de ordem sejam luta, força, justiça, ação, educação, coragem e coração.

Contudo, não precisamos de uma coragem qualquer: precisamos daquela coragem que incendeia a alma e nos põe, mesmo com calma, a marcha contínua, a passos curtos ou largos, a braçadas lentas ou vigorosas, mas sempre seguimos no movimento, no nado, no voo, no passo, descompasso, na reconstrução…na luta, na ação com “cor-ação”.

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Compreender que o “normal” e o “perfeito” não existem e, somente o que é diferente e diverso, nos provoca a nova rima e outro verso. Ou seja, aprendemos, nos reconstruímos e crescemos quando nos pomos a marcha e descortinamos o mundo interno e externo que desconhecíamos, ‘nosso e do outro”.

Assim, o desconhecido se faz um novo laço de interdependência que me promove a resiliência. Ser diferente é ser normal, ser igual é imoral. A diferença, a nova experiência, o descobrir um outro modo de ser, de conviver e ser, é o que promove a um novo modo de aprender.

Deste modo, quando há preconceito, bloqueio, freio, há resistência ao movimento de inclusão criação e renovação da vida através dos laços e enlaces com a diversidade; a primavera não pode florescer e a sociedade não pode crescer.

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A sociedade do florescer e fortalecer

No contexto da Educação Inclusiva e democrática, sabe-se, dentre outras questões, que ainda prepondera a exclusão de um imenso contingente de pessoas dos bens educacionais.

Isso ocorre não só na sua condição passada e presente, mas também na sua formação futura, uma vez que, na realidade prática, nem sempre há a legítima efetivação do direito público subjetivo à educação escolar, sem a qual os demais problemas que acometem amplos grupos de crianças, adolescentes, jovens e adultos, somente se agravam.

Compreendemos que a construção do processo de ensino e aprendizagem equânime e de qualidade, deve estar aliado não só a acessibilidade arquitetônica, de comunicação visual, virtual ou auditiva, deve estar aliado igualmente a mudanças de atitude e a valorização e formação de qualidade dos profissionais de educação como ferramenta para alargar as possibilidades no âmbito da Educação Básica, e, para além dela. mais especificamente no âmbito da educação inclusiva.

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Consideramos que a educação como uma das molas propulsoras do desenvolvimento social, cultural e humano. Ainda mais, olhando-se o segmento de toda camada que abarca os hipossuficientes e vulneráveis.

O foco nos direitos à cidadania, que deve nortear todas as práticas acadêmicas, colocado diante de todos uma vasta gama de questões que a matéria da educação e sociedade inclusivas abarcam.

É tempo de conscientizar e transformar atitudes. Pessoas com deficiência não precisam de caridade, precisam de justiça social e equidade. Que o princípio da isonomia presente na Constituição Federal seja efetivado “Tratai desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades”.

Deste modo, promover acessibilidades (arquitetônica, visual, auditiva, virtuais etc.) em todos os níveis e espaços é um dever do Estado e de toda sociedade.

Uma sociedade inclusiva, promove espaços equânimes para qualquer sujeito, para que possam viver, conviver e bem viver, é a sociedade do florescer e fortalecer!

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