O poder da superação em tempos de crise educadora de máscara com livros

Silêncio, pátios vazios e o sinal já não toca mais. Esse foi o cenário encontrado em escolas de todo o país desde março de 2020, devido à pandemia de coronavírus. Agora, algumas instituições começam um processo de retomada e superação. No entanto, tudo deve acontecer de forma gradual, com o emprego do ensino híbrido. 

Afinal, colocar 40 alunos dentro de uma sala, sem que a vacina tenha sido disponibilizada e aplicada, é um grande risco. Por isso, provavelmente as escolas terão que começar a trabalhar com parte dos alunos em sala, enquanto os demais seguirão em casa. 

Dessa forma, é possível dizer que o ensino híbrido conquistou um grande espaço e não deve ser deixado de lado. Pelo menos não nos próximos vezes. O uso dele permitiu que os professores conseguissem instruir, mesmo que sem contato com os alunos. Isso foi fundamental para evitar que o ano letivo fosse perdido. Um momento de superação, que exigiu criatividade e adaptação. 

 

Características do ensino híbrido que o fizeram importante nesse momento de superação

A pandemia exigiu que o distanciamento social fosse colocado em prática. Foi então que o ensino híbrido foi adotado, mesmo por escolas que, anteriormente, nem pensavam nessa possibilidade.

Resumidamente, o ensino híbrido é aquele que permite que o aluno aprenda o conteúdo, pelo menos parcialmente, on-line. Enquanto o restante deve ser ministrado em um local físico, que não seja na casa da pessoa. Resumidamente, é um sistema que mescla aulas presenciais e a distância. Dessa forma, ele:

  • Agrega estratégias de ensino a on-line e presenciais;
  • Facilita a personalização do conteúdo, de maneira que atenda melhor às diferentes necessidades dos alunos;
  • Dá ao estudante o papel de protagonista da sua aprendizagem;
  • Faz com que o professor se transforme em mediador do conhecimento. 

É mais ou menos isso que está sendo adotado, nas escolas que estão retornando às atividades. Enquanto uma porcentagem dos alunos assistem aulas na escola, o restante está estudando on-line. Na semana seguinte isso é trocado. Um grupo que estava em casa vai à escola e quem estava na escola passa a acompanhar aulas a distância.

Como o conteúdo é disponibilizado virtualmente, o professor acaba tendo mais tempo, em sala, para discutir as dúvidas dos alunos. Além disso, o docente também amplia a possibilidade de acompanhar os estudantes de maneira individual.

Isso é viável, porque on-line o profissional consegue visualizar, coletar e analisar os dados com mais facilidade. Assim, pode implantar modificações que deixem o ensino mais personalizado. 

 

E se a tecnologia não estiver presente?

Embora a adoção do ensino híbrido nesse momento de superação tenha dado certo, em muitos casos, devido ao uso de tecnologia no ambiente doméstico, nas escolas isso nem sempre é possível. Para esses casos, a adoção de estratégias que usam formato tradicional passa a ser viável. Dentre eles:

  • Sala de aula invertida: o aluno leva o material da aula para casa, em vídeo ou on-line, para que tenha contato com o conteúdo antes da explicação do professor;
  • Laboratório rotacional: os estudantes são divididos em dois grupos e, enquanto um assiste aula, o outro vai ao laboratório realizar a atividade, com a ajuda da tecnologia. Depois, os grupos invertem os locais;
  • Rotação por estações: semelhante ao anterior, mas os alunos percorrem diversas estações. Com isso, os grupos são menores e os conteúdos podem ser abordados de forma diferente.

Embora essas pudessem ser alternativas viáveis para escolas com pouco acesso à tecnologia, durante a pandemia elas não têm como ser adotadas. Afinal, o distanciamento social segue sendo obrigatório. 

 

Sistemas disruptivos de ensino híbrido 

Nesse momento de superação, o sistema Flex, que é classificado como disruptivo, acaba sendo o mais adotado pelas instituições de ensino. Nele, o estudante recebe roteiros, por meio de uma plataforma digital. Em parte do tempo, ele é acompanhado pelo professor para realizar as atividades propostas. No restante, é reunido a um grupo, para trabalhar com os colegas.

Há também os sistemas de rotação individual, na qual o ensino é ainda mais personalizado. Nele, o professor personaliza roteiros, que visam ajudar o aluno a superar possíveis dificuldades. Para isso, ele pode criar três ou quatro roteiros, por exemplo, e agrupar os alunos com perfis semelhantes. 

Como alternativa existe o sistema à la carte, no qual o estudante é responsável pela organização do estudo. Para isso, ele tem acesso a várias disciplinas eletivas e poderá escolher o que quer estudar. Pelo menos uma disciplina é ofertada on-line. Não é um sistema que venha sendo adotado no Brasil. 

Por fim, é válido lembrar do chamado de virtual aprimorado, que pode ser interessante para o momento de superação. Nele, o aluno tem todas as disciplinas disponíveis on-line e vai às escolas uma ou duas vezes por semana para debater o que foi estudado. Essa pode ser uma boa alternativa para o retorno às aulas, enquanto o fim da pandemia não for conquistado. No entanto, é importante que os alunos sejam distribuídos, ao longo da semana, para evitar aglomerações.

Adotar qualquer um desses modelos em tão pouco tempo é uma grande superação, que foi conquistada pelas escolas e docentes. Enquanto tudo não volta ao normal, resta encontrar alternativas, para tornar o ensino on-line mais atrativo

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